quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

sabão em pó

as frases tem me ficado pela metade,
os maços de cigarros, não.

do céu da boca,
até
a
planta dos teus pés

a vida é um por vir
de coisa nenhuma.

o que há
além
dos meus olhos castanhos?...

ninguém dá a minima para coisas que eu escrevo,

e é melhor que seja assim.

ando impaciente,
e ausente de mais...

tenho mais poemas
que amigos
ou
amores

gente me entedia...

faço aquele gênero de escritora,
bem clichê,
com livros e gatos
só me faltam mesmo as garrafas vazias.

faço aquele gênero de pessoa
vazia até a borda...

minha vida têm cheirado a livros velhos,
chuva recém caída
e sabão em pó... ou outro absurdo qualquer.

eu mesma não devo passar,
de um outro absurdo qualquer...

só sei que eu gosto desse cheiro de sabão em pó,
e chuva recém caída. 

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