sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Das páginas rasuradas

- 14 de fevereiro
Podemos caminhar de mãos dadas no parque, planejar viagens de balão, ou dançar loucamente, e de meia, no meio da sala de estar. Nada disso nos redime dessa vida. O que haveria pra redimir afinal? Um dia depois do outro, pode ser muito tempo a esperar. E muito tempo não é nada. Tempo não é nada. Somos espaços a preencher, hora de azul, roxo, preto, amor e amarelo. Somos. O que somos? Pouco importa. Existe, meu amor, psicologias e filosofias de mais a tentar entender e explicar, o homem, o amor, eu e você, nada que te tire as interrogações do alto da sua cabeça, ou da minha. Nada nos explica...
Quantos passos eu posso dar até chegar perto dos seus? Quanto o seu coração pode bater? Os pés perto, o inverno e a saudade... Nada nos explica. Nos cabe, ou nos basta. Podemos caminhar de mãos dadas no parque, planejar viagens de balão, ou dançar loucamente, e de meia, no meio da sala de estar?
Nada que nos baste. Tudo o que nos escape. Podemos, tão somente, amor?

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