queimei minha mão de café.
e não há muito mais pra dizer ou sentir por hoje,
além desse ardor e
do amargo
do pouco que não derramei no chão...
tem ainda, talvez,
o cigarro
que me queima a garganta
e o peito
que me traga
tempo
a cada verso,
volta depois volta
desse relógio quebrado que faço de mim.
penso que não poderia amar nada além desse tédio,
e dessa solidão que me queima
a vida
quieta e constante,
feito café quente de manhã.
penso que poderia amar muito mais que isso,
se me importasse em saber qualquer coisa sobre amor.
mas tudo é silencio,
até o que não é, é silencio.
casa vazia,
céu,
noite
e estrela,
música ecoando. tudo é silencio...
e a mão, continua ardendo quieta, do café que derrubei,
e já é uma da manhã...
nunca tenho nada para dizer além disso. mas até aqui, tudo bem.
amaria o teu café de manhã.
sábado, 13 de setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
L.C.Q.
vê se te alimenta direito,
e dorme na hora certa,
tenta beber menos
e não inventa de começar a fumar,
que isso só vai te fazer mal.
e se acaso ficar doente
vai ao medico e toma os remédios.
deixa a barba às vezes
que ela fica linda nessa tua cara de sono,
e sorri mais nas fotos
que você não é assim, tão sério.
e se acaso cair,
fica no chão
só o tempo de lembrar como é bom ficar de pé.
aprende que nada é permanente,
e que chorar é quase sempre muito vão.
e me desculpa as portas trancadas,
mas quando der
quem sabe eu até te faça um café...
por hora,
a casa é minha e eu aumento os muros o quanto eu quiser.
que é pra ninguém mais entrar,
e eu ter de onde saltar,
quando me der na telha de voar...
adota um cachorro
plantas umas flores no jardim,
sai da internet
e não compre um relógio,
deixa o vento bater no seu rosto,
e aprende que é bom andar na garoa
sem porquê
ou guarda-chuva,
abre as janelas da sala
e se der
as do peito também,
se cuida,
que eu te amo,
mas amanhã vai fazer um sol quente pra caramba,
e eu quero passear.
e dorme na hora certa,
tenta beber menos
e não inventa de começar a fumar,
que isso só vai te fazer mal.
e se acaso ficar doente
vai ao medico e toma os remédios.
deixa a barba às vezes
que ela fica linda nessa tua cara de sono,
e sorri mais nas fotos
que você não é assim, tão sério.
e se acaso cair,
fica no chão
só o tempo de lembrar como é bom ficar de pé.
aprende que nada é permanente,
e que chorar é quase sempre muito vão.
e me desculpa as portas trancadas,
mas quando der
quem sabe eu até te faça um café...
por hora,
a casa é minha e eu aumento os muros o quanto eu quiser.
que é pra ninguém mais entrar,
e eu ter de onde saltar,
quando me der na telha de voar...
adota um cachorro
plantas umas flores no jardim,
sai da internet
e não compre um relógio,
deixa o vento bater no seu rosto,
e aprende que é bom andar na garoa
sem porquê
ou guarda-chuva,
abre as janelas da sala
e se der
as do peito também,
se cuida,
que eu te amo,
mas amanhã vai fazer um sol quente pra caramba,
e eu quero passear.
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