sábado, 18 de agosto de 2012

mudo...

assim como mudam meus botões e as camisas,
meu cabelo 
que cresce,
e minha angustia que hora nasce 
e me amanche,
hora serena, cala e 
anoitece,

muda o tempo,
congela
e queima no peito...

e as horas vão apenas passando, 
uma a uma,
ternas e  vazias, caóticas e 
serenas,

é sábado.

a  televisão me enjoa profundamente, e pessoas me cansam ainda mais.

mas a vida se faz cada vez mais urgente,
e eu me sinto tão mais rala...

me escorre pelos dedos,
verso em verso,
minuto por minuto,

dez horas e cinco minutos, a menos ou a  mais?

tanto faz...

não ei de conta-los.

mudam meus botões e camisas...

e o que mais importaria?

mudo.

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