quarta-feira, 29 de agosto de 2012

00:18

ouço minhas músicas, em silêncio no quarto.

nenhuma até o fim...

não há mais nada que eu possa fazer,

toda companhia é tão solitária...

você conta os minutos até todos irem embora...

você conta os minutos até chegar a você.

será que chega?

pulo de um pessimismo lúcido 
a um otimismo paranoico,

nada mais incoerente...

todo dia merece e desmerece o verso,
uma nova estrofe,
a mesma velha falta de paixão,

falta ou excesso de mim talvez...

tomo uns goles de café,
me aqueço, e esqueço...
o cigarro
apaga
e a fumaça me dissipa...

nada mais banal...

me dissipo,
e trago em verso,

tomo uns goles de mim mesma,
perco o sono 
e sonho
?

excesso de mim.

ah sim...

que diabos, isso importa?

são 00:18, e só.

Um comentário:

  1. Fica difícil ler este poema e olhar para ele só como um poema, tem uma carga nele...
    Fica difícil porque rola uma preocupação humana por trás e talvez seja essa preocupação que me motiva agora, e é inevitável.
    ou talvez eu não tenha entendido corretamente, enfim... mil leituras.

    então seja como for.

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