ouço minhas músicas, em silêncio no quarto.
nenhuma até o fim...
não há mais nada que eu possa fazer,
toda companhia é tão solitária...
você conta os minutos até todos irem embora...
você conta os minutos até chegar a você.
será que chega?
pulo de um pessimismo lúcido
a um otimismo paranoico,
nada mais incoerente...
todo dia merece e desmerece o verso,
uma nova estrofe,
a mesma velha falta de paixão,
falta ou excesso de mim talvez...
tomo uns goles de café,
me aqueço, e esqueço...
o cigarro
apaga
e a fumaça me dissipa...
nada mais banal...
me dissipo,
e trago em verso,
tomo uns goles de mim mesma,
perco o sono
e sonho
?
excesso de mim.
ah sim...
que diabos, isso importa?
são 00:18, e só.
Fica difícil ler este poema e olhar para ele só como um poema, tem uma carga nele...
ResponderExcluirFica difícil porque rola uma preocupação humana por trás e talvez seja essa preocupação que me motiva agora, e é inevitável.
ou talvez eu não tenha entendido corretamente, enfim... mil leituras.
então seja como for.