o tempo vai passando,
constante
e
tranquilo.
de que outro modo poderia ele passar?
tranquilo sim.
nós é que somos caóticos,
afobados mesmo,
e um tanto neuróticos...
de que outro modo poderíamos ser?
caóticos sim.
penso nas folhas do teu diário,
quantas ainda escreverá,
e em quantas delas eu poderia estar?
penso nas paginas do meu,
bobagem,
nunca tive um.
mas agora penso que deveria tê-lo tido.
guardo memorias,
vivas
e bem vivas,
dentro das musicas que ouço,
nos livros que se empoeiram na mesa,
nas fotografias,
e nas marcas do que já foram minhas espinhas...
fora isso, que tenho eu pra guardar?...
não sei do tempo que me passa ou passou,
não sei de relógios ou calendários...
sei que há tempo passando em mim,
mais que isso não sei dele ou de mim.
três anos, ele disse...
é tempo, de certo que é tempo,
é mensurável afinal...
mas nós não somos mensuráveis.
amor, não é uma grandeza que se possa medir.
somos infinitos nele,
em cada detalhe e instante.
infinitos sim,
infinitos...
até que nos devore o tempo.
Você possui uma introspecção muito forte, um talento raro, infelizmente acompanhado de muitas incertezas... não deixe isso te atrapalhar, a vida é mais simples do que parece. :)
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