a faculdade de psicologia,
a bolsa de estudos,
o trabalho,
os caras que puxam conversa no ônibus...
tudo correndo exatamente como deveria correr,
isso tudo é um saco...
me sento no sofá da sala,
com um blusão do Mickey e um cigarro,
entre a apatia e o descontentamento..,
sentindo o gosto de finitude e banalidade na boca,
o fim das ferias, fim de semana... ou qualquer outro fim... é sempre qualquer fim.
não sou tão diferente assim, desses caras que esperam se tornar santos,
por quererem morrer sozinhos com livros e gatos...
não; não sou mesmo.
não seremos santos deprimidos,
nem heróis eufóricos,
escrever não se trata disso.
se trata do que então?
pouco me importa.
é noite de domingo,
e fecho as janelas que abri pra me arejar a vida,
e espantar o cheiro de cigarro e mofo do quarto...
no momento isso é muito mais do que eu poderia querer.
é uma bela,
bela noite sem estrelas,
e a poesia que me cheira a cigarros.
talvez eu morra com mais gatos do que livros...
"sentindo o gosto de finitude e banalidade na boca" esse gosto nunca desaparece é permanente em nosso instinto, as vezes gostaria de apagar minha memoria e recomeçar de novo, outras vezes quero andar, andar sem parar na verdade só parar no lugar mais distante e despovoado do mundo e lá por a conversar com o silêncio eternamente, é uma questão de colocar as coisas em seus devidos lugares. Abraços!
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