sinto o tempo,
no meu cabelo que cresce,
nas unhas,
no peito, nas mãos
e
por entre os meus dedos.
no meu cabelo que cresce,
nas unhas,
no peito, nas mãos
e
por entre os meus dedos.
fecho e abro os olhos…
mais que isso, não me atrevo.
me atiro na cama do meu acaso,
me atira no rosto,
o verso,
e o tédio.
mês depois de mês,
e o gosto
doce-
amargo
da minha angústia ainda não passou.
e não há de passar.
me atiro na cama do meu acaso,
me atira no rosto,
o verso,
e o tédio.
mês depois de mês,
e o gosto
doce-
amargo
da minha angústia ainda não passou.
e não há de passar.
talvez eu te mande um cartão postal,
quando ela se for.
quando ela se for.
sei lá…. o que mais eu poderia fazer.
talvez devesse aprender a andar de bicicleta…
fecho e abro os olhos.
me atreveria a muito mais que isso.
Andar de bicicleta é uma boa, andar de mãos soltas para desafiar o mundo a te segurar.
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