quinta-feira, 21 de novembro de 2013

eu não pretendo nem atender,
nem deixar tocar o telefone.

eu não pretendo coisa alguma,
de coisa nenhuma.

me acomodo preguiçosamente na cama,
como um gato
a esperar que sua vida se acabe deitado ao sol.

é tarde e eu não tenho sono,
por deus
é sempre tarde,

e eu quase sempre não tenho sono.

quantos versos se podem escrever assim?

ao pé de mim,
o tapete,
e deitado no tapete o gato branco cinza,

ao pé de mim o gato,
e a vida em branco e cinza.

por deus quantos versos se podem escrever assim?

ao pé de mim,
eu e... ao pé de mim,
só eu.

por deus, quantos versos...

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