e os olhos fechados.
é claro que me sinto abandonada, meu bem.
e isso nada tem haver com o amor
que qualquer outro ser humano
possa ter por mim.
isso nada tem haver com amor,
embora tenha, sim.
queria desfazer-me de mim,
escorrer-me
por entre os
cabelos,
olhos,
sexo,
boca,
verso e fala,
tudo enfim...
sejamos inapropriados,
inapropriados
com
tempo,
com o que passa,
e
com
o que nos finca
os pés
na terra ou no ar.
talvez eu lhe envie um belo cartão postal,
e te explique a angustia dos meus ponteiros,
o mais provável é que eu apenas,
respire fundo
e solte o
ar
em mim
assim,
devagar,
a divagar sobre o meu próprio existir.
o que há pra existir,
dentro ou
fora de mim?
esses versos ralos
que já nem querem lhe dizer mais nada.
eu já tão mais densa,
que não quero dizer mais nada.
nada...
a chuva de verão que me molha o rosto e os cabelos,
o céu,
o sol,
o tempo
o medo
o vento
nós
eles,
e quem mais?
sejamos inapropriados
com
tempo
e a
vida
que nos cabe
dentro
e
fora
do verso
não cabe mais no peito.
sejamos inapropriados.
apenas sejamos,
qualquer coisa...
inapropriados
com
tempo,
com o que passa,
e
com
o que nos finca
os pés
na terra ou no ar.
talvez eu lhe envie um belo cartão postal,
e te explique a angustia dos meus ponteiros,
o mais provável é que eu apenas,
respire fundo
e solte o
ar
em mim
assim,
devagar,
a divagar sobre o meu próprio existir.
o que há pra existir,
dentro ou
fora de mim?
esses versos ralos
que já nem querem lhe dizer mais nada.
eu já tão mais densa,
que não quero dizer mais nada.
nada...
a chuva de verão que me molha o rosto e os cabelos,
o céu,
o sol,
o tempo
o medo
o vento
nós
eles,
e quem mais?
sejamos inapropriados
com
tempo
e a
vida
que nos cabe
dentro
e
fora
do verso
não cabe mais no peito.
sejamos inapropriados.
apenas sejamos,
qualquer coisa...
deitei a algumas horas com as luzes acesas
e os olhos fechados.
queria desfazer-me, e
fim.
fim.
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