mudam as primaveras,
invernos
e os botões.
nada nos é estático,
previsível
ou
durável.
poderia ficar confortavelmente deprimida,
girando
ao redor do meu próprio eixo.
poderia. se isso não me parecesse tão patético,
e provavelmente é.
podeira uma porção de coisas,
mas todas elas
são, fracamente, tolas.
o quarto me abafa o grito
e o respirar,
me entra mais tempo
do que vento
janela
a
dentro,
e os anos
que me vão passando
são
irritantemente confortáveis de mais...
me contorço em qualquer cólica,
ou mau humor,
nada que realmente importe escrever,
e o que importaria então?
trasbordaria um rio,
daquilo que não fiz,
trasbordaria dois rios
daquilo
que poderíamos ser...
todavia,
nada.
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