mudam as primaveras,
invernos
e os botões.
nada nos é estático,
previsível
ou
durável.
poderia ficar confortavelmente deprimida,
girando
ao redor do meu próprio eixo.
poderia. se isso não me parecesse tão patético,
e provavelmente é.
podeira uma porção de coisas,
mas todas elas
são, fracamente, tolas.
o quarto me abafa o grito
e o respirar,
me entra mais tempo
do que vento
janela
a
dentro,
e os anos
que me vão passando
são
irritantemente confortáveis de mais...
me contorço em qualquer cólica,
ou mau humor,
nada que realmente importe escrever,
e o que importaria então?
trasbordaria um rio,
daquilo que não fiz,
trasbordaria dois rios
daquilo
que poderíamos ser...
todavia,
nada.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
em 11 linhas
a folha em branco,
toda rima,
verso
e
prosa.
é o mesmo vazio.
espero que não me entenda mal,
mas também não espero que me entenda tão bem assim.
os domingos continuam um saco.
e eu, tão rabugenta quanto sempre...
ponto.
toda rima,
verso
e
prosa.
é o mesmo vazio.
espero que não me entenda mal,
mas também não espero que me entenda tão bem assim.
os domingos continuam um saco.
e eu, tão rabugenta quanto sempre...
ponto.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
dos meus vinte e três
é isso.
ascendo um cigarro,
trago
escrevo
e amasso.
eu continuo escrevendo mal,
e escrever mal,
continua sendo quase tudo o que espero.
não que me importe realmente...
as janelas abertas,
o cinzeiro
e as respectivas cinzas
dos cigarros,
o cheiro de casa limpa,
a vida que me acontece
fora de mim...
o que há pra esperar?
dizem que capricornianos são práticos e competentes.
engraçado,
eu não me sinto nem um pouco prática
ou competente
com
essa vida.
quase 23,
e o que eu tenho pra mostrar?
as boas notas,
e a estabilidade do meu cargo público...
honestamente isso me parece tão pobre de graça e espirito.
o meu cabelo
um pouco menos bagunçado
do que era
a alguns anos atrás,
a camisa alinhada,
os sapatos limpos,
o relógio,
os livros,
e os poemas...
e o que mais?
sou o resultado,
de quê afinal?
nada disso é prático ou competente o bastante a meu ver...
pouca coisa é.
e não que isso me importe também...
ascendo um cigarro,
trago
escrevo
e amasso qualquer coisa em mim.
sou isso.
ascendo um cigarro,
trago
escrevo
e amasso.
eu continuo escrevendo mal,
e escrever mal,
continua sendo quase tudo o que espero.
não que me importe realmente...
as janelas abertas,
o cinzeiro
e as respectivas cinzas
dos cigarros,
o cheiro de casa limpa,
a vida que me acontece
fora de mim...
o que há pra esperar?
dizem que capricornianos são práticos e competentes.
engraçado,
eu não me sinto nem um pouco prática
ou competente
com
essa vida.
quase 23,
e o que eu tenho pra mostrar?
as boas notas,
e a estabilidade do meu cargo público...
honestamente isso me parece tão pobre de graça e espirito.
o meu cabelo
um pouco menos bagunçado
do que era
a alguns anos atrás,
a camisa alinhada,
os sapatos limpos,
o relógio,
os livros,
e os poemas...
e o que mais?
sou o resultado,
de quê afinal?
nada disso é prático ou competente o bastante a meu ver...
pouca coisa é.
e não que isso me importe também...
ascendo um cigarro,
trago
escrevo
e amasso qualquer coisa em mim.
sou isso.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
deitei a algumas horas com as luzes acesas
e os olhos fechados.
é claro que me sinto abandonada, meu bem.
e isso nada tem haver com o amor
que qualquer outro ser humano
possa ter por mim.
isso nada tem haver com amor,
embora tenha, sim.
queria desfazer-me de mim,
escorrer-me
por entre os
cabelos,
olhos,
sexo,
boca,
verso e fala,
tudo enfim...
e os olhos fechados.
é claro que me sinto abandonada, meu bem.
e isso nada tem haver com o amor
que qualquer outro ser humano
possa ter por mim.
isso nada tem haver com amor,
embora tenha, sim.
queria desfazer-me de mim,
escorrer-me
por entre os
cabelos,
olhos,
sexo,
boca,
verso e fala,
tudo enfim...
sejamos inapropriados,
inapropriados
com
tempo,
com o que passa,
e
com
o que nos finca
os pés
na terra ou no ar.
talvez eu lhe envie um belo cartão postal,
e te explique a angustia dos meus ponteiros,
o mais provável é que eu apenas,
respire fundo
e solte o
ar
em mim
assim,
devagar,
a divagar sobre o meu próprio existir.
o que há pra existir,
dentro ou
fora de mim?
esses versos ralos
que já nem querem lhe dizer mais nada.
eu já tão mais densa,
que não quero dizer mais nada.
nada...
a chuva de verão que me molha o rosto e os cabelos,
o céu,
o sol,
o tempo
o medo
o vento
nós
eles,
e quem mais?
sejamos inapropriados
com
tempo
e a
vida
que nos cabe
dentro
e
fora
do verso
não cabe mais no peito.
sejamos inapropriados.
apenas sejamos,
qualquer coisa...
inapropriados
com
tempo,
com o que passa,
e
com
o que nos finca
os pés
na terra ou no ar.
talvez eu lhe envie um belo cartão postal,
e te explique a angustia dos meus ponteiros,
o mais provável é que eu apenas,
respire fundo
e solte o
ar
em mim
assim,
devagar,
a divagar sobre o meu próprio existir.
o que há pra existir,
dentro ou
fora de mim?
esses versos ralos
que já nem querem lhe dizer mais nada.
eu já tão mais densa,
que não quero dizer mais nada.
nada...
a chuva de verão que me molha o rosto e os cabelos,
o céu,
o sol,
o tempo
o medo
o vento
nós
eles,
e quem mais?
sejamos inapropriados
com
tempo
e a
vida
que nos cabe
dentro
e
fora
do verso
não cabe mais no peito.
sejamos inapropriados.
apenas sejamos,
qualquer coisa...
deitei a algumas horas com as luzes acesas
e os olhos fechados.
queria desfazer-me, e
fim.
fim.
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