o ônibus,
passageiro
cobrador,
dinheiro e troco...
banalidade depois de banalidade,
me escorre
a noite,
a vida insossa,
hora desce
hora me regurgita o tédio.
por deus,
eu realmente poderia enlouquecer...
talvez, até já tenha.
o toque do telefone,
aquela música tocando,
o cachorro latindo,
a sineta da escola,
a lente riscada dos óculos...
nada que me importe enxergar.
o vermelho desbotando do meu cabelo,
a camisa amassada,
meia calça desfiando de lado...
o relógio marca a hora errada dentro de mim...
nada mais que me importe escrever.
outro gole de café,
e ascendo o cigarro...
nada mais, até aqui.
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