segunda-feira, 14 de abril de 2014

do tempo

a estrada e os carros,
o ônibus,
passageiro
cobrador,
dinheiro e troco...

banalidade depois de banalidade,

me escorre
a noite,

a vida insossa,

hora desce 
hora me regurgita o tédio.

por deus,
eu realmente poderia enlouquecer...

talvez, até já tenha.

o toque do telefone,
aquela música tocando,
o cachorro latindo,

a sineta da escola,
a lente riscada dos óculos...

nada que me importe enxergar.

o vermelho desbotando do meu cabelo,
a camisa amassada,
meia calça desfiando de lado...

o relógio marca a hora errada dentro de mim...

nada mais que me importe escrever.

banalidade depois de banalidade,

eu realmente poderia...

outro gole de café, 
e ascendo o cigarro...

nada mais, até aqui.


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