o café na caneca esquecida no canto,
esfriou,
e eu que me esqueci no canto,
esfrie.
o cigarro que me aquece os lábios,
me apaga
dor
e peito.
e as letras e s c
o
r
r
e
m e c o r re m de um canto a outro do corpo
no vão do
meu peito ao
chão.
ao chão de mim
ficam
os versos,
e as cinzas de cigarros e dias mal tragados...
ao chão de mim,
fica a cinza da cinza,
hora em hora...
o café frio,
e caneca esquecida...
e eu ao lado da caneca, esquecida no canto,
ao chão
só
de mim.
ardendo
só,
nos goles frios de café, nos vãos do peito, ao chão da vida...
café e cigarros... marasmo.
ResponderExcluiressa poesia da vontade de abrir janelas.