eu continuo aqui, a deriva de mim.
o barco do que sou navega
pelo mar de mim,
e só de mim.
todos os outro já deixaram o porto,
todos os outros já naufragaram mar a fundo,
todos os outros já navegaram
e afogaram mar e vida.
todos os outros...
eu não.
permaneço aqui a deriva de mim,
e só de mim.
o barco do que fui
me navega,
e afoga.
todos os outros já se foram...
todos os outros já navegaram tempestade,
todos os outros foram navios piratas, cruzando oceanos.
todos os outro já deixaram o porto,
todos os outros já naufragaram.
todos os outros já se foram...
todos os outros, não sou eu.
o barco do que sou
me navega
e apenas navega.
o barco do que sou ...
também já se vai.
delicado e lindo.
ResponderExcluiressa coisa toda de parar e ver que muitos já foram e são muitas coisas e você se sente sempre igual mexe e até parece triste,e é as vezes,mas pra quem vive as vezes é um prazer,mesmo sabendo que também já se vai para encontro de todos outros. ao menos isso que me passou a poesia,a gente sempre vê um pouco da nossa vida no que lê e tenta entender,mas repito,foi delicado e lindo.
Aproveita e mergulha bem fundo em ti. Quem sabes não encontra no fundo algo para se agarrar quando não houver mais embarcações, portos, piratas, oceanos, etc... É vc que comanda o porto do teu existir. Abraços!
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