deixa o mundo pra lá
e vem cá viver,
e ver o que há de eterno em cada fim,
o que há de doce no amargo da boca,
o branco no amarelo do sorriso,
sem graça do sujeito,
sem jeito,
sem jeito.
sem jeito pra viver,
e ver
o que há de chegada em toda partida,
de novo em cada instante que passou,
já passou,
sim já passou...
o que há de belo em toda tragedia,
o que há de vida em cada fim,
cata o fim,
e me faz
começo,
desmerece
e arremesse
a folha,
me merece
noutro verso,
mede o tempo em mim,
e me dê o que restar de seu,
em tudo que é meu.
tudo que é meu,
é seu,
no minuto que passou,
no silencio que restou,
o que há de seu é meu...
desfaça o nó,
e dê cá a mão,
desenlace o não
e o coração?
que se desfaça da razão...
o que há de eterno em toda despedida,
o que há de fim em toda chegada,
o que há de meu em
ti,
o que há de ti,
em
mim,
desenlace o nó,
dê a mão,
e o coração,
e o coração,
sei eu não de razão,
deixa o mundo pra lá,
e vem cá viver
e ver
desfazer o nó,
e o não.
dê cá a mão,
e o coração...
sei eu não de coração
sei eu não de coração...
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