quarta-feira, 17 de outubro de 2012

céu

o céu  estrelado,
como há muito tempo não era....

e muito tempo não é nada.

toda medida é vã, 
e inexata ao coração.

fumava um cigarro na esquina 
perdida em mim
olhando o céu e as estrelas.

um cara passa e diz qualquer coisa sobre saúde e jogar a vida fora...

não quero mais escrever sobre essas coisas.

tem qualquer coisa de muito certa ou errada em mim,
que me faz arder e perder no peito...

não quero mais escrever sobre isso também.

como as coisas foram se perder assim?...

o vento soprando, bagunça meus cabelos,
me espalha as angústias
e a fumaça do cigarro pelo ar, em uma dança serena e triste...

como fui me perder assim?

eu me espalho pelo ar...

desisti de mim há muito tempo atrás,
isso não é triste, nem é alegre, 
é apenas como é.

não me importo em ser uma pessoa feliz ou infeliz.

tudo em nós é transitório e mutável demais.

e esse céu que é tão menor ou tão maior, que eu e você...

meu amor há de ser finito e infinito assim...

há de caber em algum lugar da tua estante. ou em lugar nenhum...

hei de caber em algum lugar da minha estante.  ou em lugar nenhum.

toda medida é vã,  e inexata ao coração...

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