o céu estrelado,
como há muito tempo não era....
e muito tempo não é nada.
toda medida é vã,
e inexata ao coração.
fumava um cigarro na esquina
perdida em mim
olhando o céu e as estrelas.
um cara passa e diz qualquer coisa sobre saúde e jogar a vida fora...
não quero mais escrever sobre essas coisas.
tem qualquer coisa de muito certa ou errada em mim,
que me faz arder e perder no peito...
não quero mais escrever sobre isso também.
como as coisas foram se perder assim?...
o vento soprando, bagunça meus cabelos,
me espalha as angústias
e a fumaça do cigarro pelo ar, em uma dança serena e triste...
como fui me perder assim?
eu me espalho pelo ar...
desisti de mim há muito tempo atrás,
isso não é triste, nem é alegre,
é apenas como é.
não me importo em ser uma pessoa feliz ou infeliz.
tudo em nós é transitório e mutável demais.
e esse céu que é tão menor ou tão maior, que eu e você...
meu amor há de ser finito e infinito assim...
há de caber em algum lugar da tua estante. ou em lugar nenhum...
hei de caber em algum lugar da minha estante. ou em lugar nenhum.
toda medida é vã, e inexata ao coração...
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